Foto: Marcelo Magalhães/ Secom
O secretário de Mobilidade Urbana de Feira de Santana, Sérgio Carneiro, explicou ao Jornal Folha do Estado como está o atual andamento do programa “Adote um Abrigo”, iniciativa que tem como objetivo a implantação e manutenção de novos pontos de ônibus no município.O modelo prevê a concessão do espaço em troca do direito à exploração publicitária. O secretário detalhou a estratégia para atrair a adesão dos comerciantes feirenses ao programa.
Segundo Sérgio Carneiro, o município possui aproximadamente 3 mil pontos de ônibus distribuídos entre zona urbana e rural, mas não dispõe de recursos próprios suficientes para ampliar e modernizar toda a estrutura.
“Feira de Santana tem cerca de 3 mil pontos de ônibus, entre a zona urbana e a rural. A cidade é maior que muitas capitais brasileiras, mas não tem orçamento de capital. Não temos, portanto, recursos para aquisição destes equipamentos. Acho que é uma ação feita durante a madrugada, me parece que proposital, sempre no mesmo ponto. Então o prefeito José Ronaldo nos orientou para adquirir 80 abrigos, porque temos 96 pontos chaves na cidade, alguns deteriorados, e com a aquisição destes novos poderemos retirar os antigos, tentar reformá-los e colocar em outros locais. E o prefeito também através de lei fez a opção do programa ‘Adote um abrigo’, que dá a possibilidade de empresas privadas, faculdades, colocarem abrigos para seus alunos, supermercados para seus clientes e outras empresas, em troca da exploração da publicidade”, explica.
O secretário disse ainda que está em diálogo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) para que todos os conjuntos habitacionais, independentemente do padrão, contemplem pontos de ônibus com abrigos, pois sempre há usuários do transporte público.
“Nós também temos dialogado com a Sedur no sentido de que todos os conjuntos habitacionais, independente do padrão, tenham esses abrigos, porque existam condomínios de alto luxo, existem pessoas que trabalham neles, como seguranças, jardineiros, porteiros, eletricistas, e essas pessoas precisam do transporte público. Então estamos fazendo uma ação em várias direções no sentido de melhorar a mobilidade em Feira de Santana”.
De acordo com Carneiro, uma das primeiras adesões veio da empresa Maria João, que solicitou a instalação de sete pontos, mas a produção dos abrigos depende de um prazo de 60 a 90 dias e de outros entraves burocráticos.
“De imediato uma empresa chamada Maria João solicitou 7 pontos. Nós deferimos, entretanto, temos que esperar entre 60 a 90 dias porque a empresa fabricante dos abrigos só aceitava começar a produzi-los após a assinatura do contrato, pois poderia ter algum problema, o contrato não ser realizado e eles ficariam com esses abrigos feitos especificamente para Feira de Santana. E nós estamos dialogando com a empresa também no sentido de tentar reformar a três estações de BRT que tem sido bastante castigadas pelas ações dos vândalos. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem adotar os abrigos. Nós demos esse passo. O prefeito teve essa ideia, que existe em outras cidades. Estamos entrando em contato com algumas empresas”, detalha.
Fonte: Jornal Folha do Estado da Bahia
