Câncer cerebral se manifesta pela visão

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Juliana Guimarães*

As campanhas de conscientização da população sobre diversos temas são importantes por alertarem sobre muitas condições que os brasileiros desconhecem.

Recentemente, foram promovidas ações para alertar sobre o câncer cerebral com a importância do diagnóstico precoce e os sintomas, que, inclusive, comprometem a visão. É importante destacar que um tumor próximo do nervo óptico pode comprimi-lo, causando efeitos de perda gradual da visão. Um tumor na glândula hipófise, por exemplo, na parte inferior do cérebro, gera sequelas similares, especialmente caso seja grande.

A condição decorre de um tumor maligno, formado no cérebro, originado no próprio órgão ou como metástase, quando a doença surge em outro local do corpo e se alastra. A incidência é maior entre crianças e adultos mais velhos, porém também pode ocorrer em outras idades.

É preciso entender que os sintomas são variados e, por acometer o cérebro, também afetam diferentes partes do corpo. Os efeitos mais comuns são alterações visuais, dores de cabeça, convulsões, tonturas, desmaios, mudanças na coordenação motora – como movimentos involuntários, oscilações de humor ou personalidade, perda da audição, fraqueza, esquecimento, dificuldade ou incapacidade de engolir alimentos.

Os principais efeitos oculares são visão duplicada ou turva, perda de campo visual, ausência de visão central, incapacidade para enxergar cores, presença de flashes ou pontos brilhantes na visão, movimentos oculares incontroláveis e o inchaço ou descoloração do nervo óptico, podendo, até mesmo, provocar perdas repentinas de visão e cegueira.

Os cuidados dependem de uma série de fatores, como o tamanho e localização do tumor. A quimioterapia é o tratamento mais conhecido para controlar e reverter a condição, contudo a radioterapia e procedimentos cirúrgicos também são realizados, sendo o último considerado essencial para a cura de uma doença tão perigosa.

O conhecimento é essencial para destacar a necessidade de um diagnóstico precoce, afinal quanto mais rápido o problema é identificado, melhores são as alternativas para tratamento e possibilidades de bons resultados. Deve-se consultar um especialista ao identificar qualquer sinal de alteração ocular, sobretudo se observar algum desses sintomas. A recomendação é manter consultas periódicas com oftalmologista para monitorar a saúde ocular.

* Oftalmologista e diretora de hospital

“Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Hoje em Dia”.

Fonte: Hoje em Dia

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