Barulho durante o sono pode ser prejudicial ao coração, diz estudo de Harvard

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Estudo indica que ruídos brancos a longo prazo durante o sono podem levar a problemas no coração com infartos e a AVC  

dificuldade de pegar no sono naturalmente pode fazer com que pessoas adotem diversas estratégias na hora de dormir, como deixar a televisão ligada ou ouvir ruídos brancos. Acontece que, segundo um estudo feito por médicos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a prática pode ser prejudicial a saúde.

Conforme a pesquisa publicada em dezembro de 2023 na revista Environmental Healt Perspectives, o barulho, mesmo que muito baixo, faz mal ao coração.

O levantamento fez uma associação com uma maior quantidade de problemas cardíacos graves, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), ao hábito de dormir em ambientes com ruídos constantes.

“Mesmo que você não esteja consciente ou não acorde durante a noite por causa do barulho, você ainda tem uma resposta ao estresse. Isso resulta em atividade cerebral aumentada, o que pode levar, ao longo do tempo, a problemas como resistência à insulina, diabetes e problemas cardiovasculares”, explica a especialista em saúde pública Charlie Roscoe, principal autora do estudo.

Barulho piora o sono

O estudo foi feito com  114 mil participantes que responderam questionários e tiveram seus exames acompanhados através do Nurses’ Health Study, uma base de dados que analisa informações de enfermeiras para avaliar a saúde feminina.

Foram medidos os impactos de saúde nas voluntárias ao longo de 30 anos, de 1988 a 2018. Elas foram divididas em cinco grupos, a depender da quantidade de barulho noturno a que eram expostas, que ia de 37,9 a 47,1 decibéis.

Segundo a pesquisa, para cada 3,6 dB a mais no ruído noturno, havia um aumento de 4% no risco de doenças cardiovasculares. “Há pessoas que vivem perto de estradas movimentadas e dizem que nem ouvem o barulho, mas mesmo que você não escute ou não perceba conscientemente, ele ainda é potencialmente prejudicial à saúde”, diz Charlie.

Durante a análise, foram observados 5,3 mil casos de doença coronariana e 5 mil de AVC entre os participantes. Embora os médicos não possam quantificar exatamente quantos quadros foram diretamente afetados pelo barulho, o estudo relaciona a poluição sonora noturna aos problemas.

A recomendação dos cientistas é uso de barreiras contra o excesso de ruído durante o sono, como fechar portas e janelas, usar anuladores de som (sejam protetores de ouvido ou isolantes no quarto) e evitar os ventiladores barulhentos.

Fonte: bnews.com.br

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