A cirurgia pode ser recomendada para tratamento de alguns casos de endometriose (Imagem: Satyrenko | Shutterstock) Crédito:
A endometriose é uma condição que atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo. Ela interfere não apenas na saúde física, mas também no bem-estar emocional, afetivo e sexual das pacientes, apontam especialistas.
É uma condição inflamatória crônica caracterizada pelo crescimento, fora do útero, de um tecido semelhante ao endométrio, que é a camada que normalmente reveste a cavidade uterina.
Esse tecido pode atingir órgãos como ovários, trompas, bexiga e intestino. Como seus sintomas frequentemente se assemelham aos de cólicas menstruais comuns, muitas vezes há atraso no diagnóstico.
O ginecologista Marcos Tcherniakovsky, diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), diz que a doença provoca mudanças importantes na dinâmica dos relacionamentos.
“A dor crônica, uma das principais queixas das pessoas com endometriose, muitas vezes leva à redução do desejo sexual devido ao receio de que a atividade íntima intensifique o desconforto. Em muitos casos, as pacientes acabam evitando o contato sexual, o que pode criar barreiras emocionais e sentimentos de frustração tanto para elas quanto para seus parceiros ou parceiras”, explica.
Falta de diagnóstico agrava impacto
A ausência de conhecimento sobre a endometriose intensifica os prejuízos à vida afetiva. Muitas pacientes convivem com sentimentos de culpa e vergonha ao não conseguirem corresponder às expectativas do parceiro.
Fonte: Jornal Correio









