Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Com a aproximação do Natal, o Dispensário Santana avança também na produção dos tradicionais panetones que serão comercializados em Feira de Santana durante o período. A tradição já ultrapassa os 20 anos de existência.
A dirigente do Dispensário, Irmã Rosa Aparecida, contou em entrevista ao Acorda Cidade que a prática nasceu das necessidades da instituição e ainda hoje é um suporte para as finanças.
“A ideia surgiu como todas as ideias criativas aqui do dispensário Santana aparecem, quando as dificuldades batem à porta. Nós temos uma pequena panificadora, que também é o que dá uma sustentabilidade boa ao dispensário Santana, porque todas as nossas crianças diariamente, as nossas idosas, tomam café e o pão é indispensável para o café. Aí criamos a padaria e surgiu a ideia de que nesse período, sobretudo natalino, se fizesse uma experiência com os panetones.”

A experiência deu certo e passou a fazer sucesso. Irmã Rosa conta que uma das despesas que são prioridade para aplicar os rendimentos da venda de panetone, é o pagamento do 13º salário e terço de férias dos funcionários.
“Hoje é uma realidade que a gente encontra como se fosse um oxigênio no final do ano para a nossa instituição. Pela complexidade da própria instituição, a gente vai tentando criar mecanismos que possam nos ajudar a solucionar as muitas dificuldades que surgem todos os dias”, destacou a Irma Rosa ao Acorda Cidade.
Padarias, supermercados e pessoas físicas, entre outros públicos, formam a clientela fiel, que é guiada pela generosidade. De acordo com a dirigente, no último ano (2024), a produção chegou a marca de 50 mil panetones, a expectativa é que em 2025 esse número seja ultrapassado.
“A cada ano a gente sempre vai subindo um ou dois mil. A gente não pode fazer mais porque precisava comprar o material com antecedência e nem sempre a gente dispõe do capital. E aí, comprar de última hora o material, a coisa encarece muito. E o pequeno lucro que a gente tem desses panetones se deve a essa compra da matéria-prima que é realizada a partir do mês de julho, que a gente já vai comprando aos poucos, para que não fique pesado nesse período, porque de fato o lucro não é grande, mas o montante que nos permite ganhar alguma coisa.”
O trabalho é realizado com seriedade e cumprindo os critérios de fabricação e higiene. São 20 funcionários atuando, mais alguns voluntários. Um antigo aprendiz da padaria agora é responsável pela liderança da produção anual.

“A higiene aqui, todo o processo é feito com muita atenção, é tudo muito fiscalizado, é tudo muito acompanhado. O alimento hoje é o que mantém a sobrevivência das pessoas em qualidade e é o que nós procuramos manter. O que está ao nosso alcance, tudo é realizado Para que o panetone seja apresentado e seja oferecido com segurança e qualidade”, afirma Irmão Rosa ao Acorda Cidade.
Irmã Rosa ressalta também que as despesas não param e a maior dificuldade enfrentada hoje financeiramente pela instituição, é em relação a oscilação da receita.
“Não temos receita fixa. A receita é oscilante e uma delas é o panetone, que chega como um grande oxigênio para nos dar vida no final de ano. E isto é efetivado cada dia quando as pessoas se dispõem a estar nos ajudando. É um período, quem tem sensibilidade no coração. Eu vejo como isso é uma celebração natalina de todos aqueles que neste período, sobretudo, abrem o coração e estendem as mãos ao dispensário de Santana para vir em nosso socorro.”
Para quem deseja adquirir os panetones, pode procurar a secretaria do Dispensário, localizada na rua Vênus, bairro Jardim Acácia. Para pedidos em grande quantidade pode realizar as encomendas pelo telefone (75) 3223-1479.
Fonte: Acorda Cidade









