Trump deixa tribunal durante argumentos finais da defesa de E. Jean Carroll • REUTERS
Um tribunal federal de apelações manteve nesta segunda-feira (8) uma decisão que obriga o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a pagar US$ 83,3 milhões por difamar a escritora E. Jean Carroll.
O Tribunal de Apelações do 2º Circuito disse que a decisão do júri foi “razoável”, dadas as provas apresentadas no julgamento.
“Defendemos que o tribunal distrital não cometeu erros em nenhuma das decisões contestadas e que as indenizações por danos devidamente proferidas pelo júri foram razoáveis à luz dos fatos extraordinários e flagrantes deste caso”, escreveu o painel de juízes de recurso.
O painel de três juízes citou as críticas públicas de Trump à escritora, mesmo depois de o primeiro júri ter considerado que as declarações eram difamatórias, como razão para manter a indenização.
“Ele cometeu três desses ataques em 48 horas após o veredito… e lançou ataques semelhantes contra Carroll nos dias e semanas que antecederam este julgamento”, escreveu o painel, acrescentando que “dada esta conduta extraordinária e sem precedentes”, a sentença “não era imprevisível nem irracional em relação ao dano real que ocorreu”.
A escritora E. Jean Carroll processou Trump por difamação após o presidente negar as denúncias de agressão sexual contra ela, dizendo que ela não era o tipo dele e sugerindo que ela inventou a história para aumentar as vendas de um livro. Trump depôs brevemente durante o julgamento.
Um júri anterior concedeu a Carroll US$ 5 milhões depois de descobrir que Trump a abusou sexualmente e a difamou. Um tribunal federal de apelações manteve esse veredito.
A equipe jurídica de Trump exigiu uma “rápida rejeição de todas as caças às bruxas” contra o presidente.
“O povo americano apoia o presidente Trump e exige o fim imediato do uso do nosso sistema de justiça como arma política”, disse um porta-voz da defesa do presidente em um comunicado.
O porta-voz afirmou ainda que o escândalo envolvendo a escritora é financiada pelos democratas.
Fonte: A Tarde