Símbolo do autismo – Foto: Freepik / Divulgação
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que impacta a comunicação social, o comportamento e a forma como a pessoa percebe os estímulos ao redor. Por falta de informação, muitas pessoas chegam na vida adulta sem diagnópstico adequado.
Embora seja permanente e incurável, o diagnóstico e o acompanhamento adequados podem reduzir dificuldades e melhorar a adaptação no dia a dia.
Por apresentar diferentes níveis e manifestações, o autismo muitas vezes passa despercebido, levando adultos a viverem décadas sem um diagnóstico formal.
Após os 40 anos, os sinais costumam ser mais silenciosos, mas ainda assim é importante identificá-los para buscar acompanhamento e apoio.

O diagnóstico tardio pode ser o primeiro passo para melhorar a saúde emocional | Foto: Ilustrativa/Pixabay
Os sinais do TEA para quem tem mais de 40 anos
- Dependência de rotina: A previsibilidade garante bem-estar e segurança emocional. Mudanças inesperadas podem gerar forte ansiedade.
- Interesses específicos: Hiperfocos em hobbies ou temas de interesse são comuns. Apesar de parecerem obsessivos, podem se tornar aliados no desenvolvimento de habilidades profissionais.
- Sensibilidade sensorial: Reações intensas a luz, ruídos (como a misofonia), cheiros ou texturas dificultam a permanência em ambientes barulhentos ou lotados.
- Dificuldade em lidar com mudanças: Trocar de emprego, mudar de casa ou aprender novas tecnologias pode ser especialmente estressante devido à falta de previsibilidade.
- Regras sociais implícitas: Expressões indiretas, ironias e linguagem corporal podem ser difíceis de compreender, impactando a convivência social.
- Relacionamentos românticos: A dificuldade de interpretar emoções e sinais sociais pode dificultar vínculos amorosos, levando alguns autistas a optar por relações mais independentes e diretas.
- Ambiente de trabalho: A adaptação a dinâmicas corporativas exige apoio. Ajustes e políticas inclusivas ajudam a garantir bem-estar e produtividade.
Reconhecer os sinais de autismo na vida adulta não significa olhar para o passado com arrependimento, mas enxergar novas possibilidades de compreensão e acolhimento.
Odiagnóstico tardio pode ser o primeiro passo para melhorar a saúde emocional, fortalecer vínculos sociais e garantir maior qualidade de vida.
Os níveis do Transtorno do Espectro Autista
Nível 1 (leve) :
Caracterizado por sintomas mais sutis, frequentemente confundidos com traços de personalidade. Pessoas nesse nível vivem de forma independente, mas podem enfrentar dificuldades em interações sociais e em mudanças de rotina.
Nível 2 (moderado):
Exige apoio mais frequente em casa e no trabalho. A comunicação tende a ser limitada, com repetições e dificuldades em manter conversas. Sensibilidade a estímulos externos, como sons e luzes, é comum, assim como a presença de comorbidades.
Nível 3 (severo) :
Demanda suporte constante para tarefas básicas, como higiene e alimentação. Muitas pessoas não são verbais e apresentam comportamentos repetitivos intensos. O isolamento social e a sobrecarga sensorial dificultam a autonomia, mesmo com acompanhamento terapêutico.
Fonte: A Tarde