A tática usada por Any Awuada após ter relações sexuais com o jogador Neymar continua dando o que falar nas redes sociais. Depois da acompanhate de luxo revelar que urinar após o sexo evitaria uma gravidez indesejada do atleta, o portal BNews buscou esclarecer a informação.
Em conversa com a reportagem do site, a Dra Mariana Medina, ginecologista e associada da AMCR, explicou que urinar após o ato sexual não pode ser considerado um método contraceptivo, mas sim uma prevenção contra possíveis infecções urinárias.
“Não. Urinar após as relações sexuais não é um método contraceptivo e não impede a gestação de acontecer. Nas mulheres, a uretra fica na vulva, próxima ao canal vaginal, onde a relação sexual ocorre. Com o atrito da pele durante o ato, existe um risco de que a uretra entre em contato com bactérias da pele do parceiro e, ao urinar, diminuímos o risco de uma infecção urinária acontecer pela contaminação local”, disse ela.
A médica ainda reforçou que já existem métodos contraceptivos testados e aprovados no mercado para prevenir uma possível gestação. “Métodos comprovadamente eficazes são: o preservativo (desde que usado de forma ideal, do início ao fim da relação sexual), contraceptivos orais, DIUs hormonais e sem hormônio, contraceptivos injetáveis, anel vaginal, adesivo e o implante subdérmico de etonogestrel (Implanon). Métodos comportamentais, como tabelinha ou coito interrompido tem alto índice de falha”, explicou.
Fonte: BNews
Mariana ainda garantiu que esse tipo de informação falsa pode influenciar as mulheres de forma negativa, já que não é eficaz. “É de suma importância que tais informações equivocadas sejam rebatidas rapidamente por pessoas embasadas na ciência, para evitar desfechos indesejados”, disparou.
“Acreditar que urinar após a relação ajuda a evitar uma gravidez, pode aumentar o índice de gestações não planejadas, o que pode mudar o curso da vida de uma pessoa, especialmente mulheres jovens, que podem não estar com a vida profissional estruturada ainda. É sempre importante verificar as fontes de informações recebidas pela internet. Por isso, a AMCR existe, com a intenção de fornecer informação de qualidade com embasamento científico sobre a saúde da mulher”, concluiu.
