Família: Um retrato eterno da sociedade.
A existência humana pressupõe uma convivência social. Desde a pré-história, ainda na sua fase nômade, a família, já existia como referencial do núcleo mínimo e estruturado de sociedade. Ainda que as percepções sobre moradia, segurança e sobrevivência fossem se modificando, o berço da educação e formação do indivíduo, continuou e continuará sendo a família.
É inegável afirmar que a concepção e a composição das famílias vem se alterando. E diversos são os vetores! A construção patriarcal de sociedade vem perdendo espaço para uma condução corresponsável; o perfil socioeconômico, por conta da emancipação, conquistas e empoderamento das mulheres vem se transformando; e a volatilidade das relações matrimoniais ou contratuais (entendendo o casamento por sua parte civil), aliada às questões de gênero e orientação sexual carreiam para uma nova configuração de família e de relações familiares. Isso é fato, independente de concepções culturais e religiosas.
Os desafios no convívio e nas relações nos colocam à prova diariamente. O principal deles está no outro. Existe uma palavra que simplificaria e, ao mesmo tempo, completaria o entendimento de convivência, mas que atualmente está quase em extinção: RESPEITO. A partir do respeito, ampliaremos nossos valores bem como as percepções de amor, solidariedade, alegria, carinho, atenção… E por falar em atenção, parafraseio Dom Petrini afirmando categoricamente que NINGUÉM SUPORTA O VAZIO. Vazio esse que não está ligado ao material, mas sobretudo, ao afeto, ao amor, a um simples, revigorante, acolhedor e imprescindível ABRAÇO. Como um abraço faz a diferença no seu dia!
A permanência desse VAZIO escancara a possibilidade de acesso e experiência para as DROGAS SOCIAIS do desrespeito, da indiferença, da corrupção… inclusive das drogas lícitas e ilícitas que nos levam a um profundo abismo; esfacelam as famílias e a sociedade; e põem à prova o aparato estatal que insiste em combater a droga tentando cuidar do telhado esquecendo da fundação da casa.
Precisamos de referências positivas. Ela deve ser encontrada, primariamente, na família, por nossos pais e mães, independentemente se estarão no mesmo espaço físico. O que urgimos é por prevenção! Precisamos nos antecipar ao vazio, à oferta dasdrogas, oportunizando escolhas, fazendo com que ela não seja o caminho mais curto, ou talvez o único ofertado.